Reflexões sobre Arquitetura, Urbanismo e Sociedade

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São Paulo, Capital, Brazil
Arquiteto CREA5062025943 Docente do Curso Técnico de Design de Interiores do SENAC-São Paulo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Regra número um: A base do Projeto é o Cliente, não o Arquiteto.

Antes de começar um projeto, seja ele arquitetônico ou urbanístico, muitas pesquisas devem ser realizadas, tanto no âmbito legal quanto no técnico, para que não haja problemas como embargo, interdição ou até mesmo má qualidade do serviço em relação à ergonomia, conforto e diversos outros elementos arquitetônicos. Essas pesquisas vão desde normas técnicas, leis e diretrizes urbanas chegando à questões sobre ventilação, acústica e sustentabilidade entre outras: porém, um elemento primordial muitas vezes é deixado de lado: o cliente, seus conceitos, valores e expectativas.
Existem muitos projetos bem(?) elaborados tecnicamente, porém pecam por não atender as reais exigências dos clientes. Do que vale uma proposta de uma bela e espaçosa sala de estar, com vários ambientes, que acomodam mais de 20 pessoas em recepções, para uma pessoa que não gosta de receber convidados e amigos? Situações como estas, embora pareçam impossíveis de acontecer, acontecem; abalando a imagem do profissional, pois a repercursão de um projeto mal elaborado pode ser desastrosa, principalmente no que se refere à NECESSIDADE de se contratar alguém, que no final das contas, não serviu aos seus própósitos. Cria-se a imagem da Arquitetura como algo luxuoso e dispensável, o que na verdade não é. Essa imagem de serviço dispensável é comum, e muitas vezes nos deparamos com uma situação bem comum: " Ah, você é arquiteto? Que legal. Me dá uma dica para melhorar minha sala.(...) Ah mas não acredito que vai me cobrar só para me dar uma idéia do que fazer!!!!!!!" Aquele que nunca passou por essa situação atire a primeira pedra.
Outro tópico importante se refere a não impor elementos e estilos aos clientes. A plástica e partido que o arquiteto produz deve ter afinidade com a natureza do cliente e do produto que será realizado. Impor um elemento que esteja totalmente paralelo à expectatica pode trazer grades frustrações. Pode ser bom para o portifólio visual do profissional, mas péssimo para a reputação. Se um cliente tem expectativas plásticas extremamente diferentes do que o arquiteto esta´ ligado, talvez seja interessante rever as propostas apresentadas para que possam atender essas necessidades. Ou então direcionar á outro profissional que tenha essa afinidade com as expectativas do cliente.
Para aqueles que procuram um arquiteto, converse muito sobre seu estilo e sua forma de projetar, peça para ver suas obras, sejam elas construidas ou apenas em pranchas para que se tenha noção exata sobre os elementos que ele costuma utilizar e se as formas normalmente propostas estão em acordo com o que se idealiza para o projeto vindouro.

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