Reflexões sobre Arquitetura, Urbanismo e Sociedade

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São Paulo, Capital, Brazil
Arquiteto CREA5062025943 Docente do Curso Técnico de Design de Interiores do SENAC-São Paulo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Onde está a cortesia?

Em seu significado mais simples, ela diz respeito a delicadeza das ações.
É o ato de agradecer a ação de outrem, pedir, aguardar e suas nuances.

Não quero aqui fazer uma análise da palavra, mas fazer uma crítica àqueles que embora sejam os mais direcionados tem se esquecido que uma atitude cortês é esperado por todos.

Durante anos, idosos (evito usar eufemismo) pois não há problema nenhum em envelhecer e grávidas, para ilustrar alguns grupos, tem esperado medidas dignas em relação aos seus direitos, como atendimentos preferenciais, bancos reservados, descontos, inexistência de certos tipos de carência, etc., atitudes estas que anteriormente dependiam da cortesia de outrem, como ceder um lugar num banco, numa fila, etc. O tempo avançou e de forma mais rápida ou mais lenta, medidas que preservam os direitos desses grupos tem se instalado em nossa cultura.

Porém um retrocesso de atitude tem se tornado comum.
Essas mesmas pessoas que anteriormente necessitavam de um ato cortês, agora com direito preservados, se tornam os próprios exemplos da falta de atitudes educadas em relação àqueles que não fazem parte de seu grupo.

Tenho observado em várias situações, que por terem direito ao atendimento prioritário, pessoas dos grupos com prioridade simplesmente se infiltram na frente de alguém que estava numa fila aguardando sem ao menos pedir licença, ou que entram em transportes públicos exigindo que alguém saia do banco de forma descortês e autoritária. ( mesmo que este não seja o sinalizado como prioritário).

Por mais que alguém tenha direito, e saibamos que atitude tomar, não é agradável sermos coagidos a atitude nenhuma.

Eu mesmo já passei por uma dessas constrangedoras situações onde antes mesmo de poder me levantar, um senhor entrou num ônibus, já exigindo que alguém desse o lugar para ele. Sinceramente, embora não fosse minha obrigação, até porque não estava num local prioritário, me levantei para o senhor, mas achei que a idade avançada não é sinalizador de que não se deva ter modos e retruquei o modo como ele se portou aos passageiros.

De forma arrogante, o senhor simplesmente ignorou o comentário como se ele tivesse toda a razão da forma como se portou.

Diante disso reflito: má educação gera má educação como uma imagem num espelho. Certamente esse tipo de ação faz com que quem observa pense duas vezes antes de ceder um lugar, afinal, assim como ele acha que tem direito de sentar, outros acham que estão no direito de continuar sentado em um banco não reservado, deixando de lado a tão importante cortesia que tem sido esquecida...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Páginas de Relatório de Consultoria Técnica

Para visualizar as páginas, clique com o mouse.

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CONSULTORIA TÉCNICA


Nem sempre o cliente precisa de um projeto completo de Arquitetura ou Design de Interiores.

Muitas vezes sua necessidade se restringe a uma dúvida sobre cor, mobiliário, derrubar ou não uma parede que pode ser sanada com uma visita e análise profissional. Tal serviço nem sempre é divulgado e muitas vezes o cliente acaba recorrendo a revistas, internet, nem sempre com um sucesso, ou na maioria das vezes tomando a decisão errada.




A Visita Técnica serve também para diagnosticar se a real necessidade do cliente é apenas uma consultoria ou se haverá necessidade de um projeto arquitetônico, além de ser o cartão de visita do profissional, pois nela, o cliente já poderá perceber a forma que o profissional trabalha, se atendeu as expectativas, se demonstrou domínio do assunto e principalmente se passou a confiabilidade necessária para o serviço proposto que refletirá em novas consultorias e novos projetos. O serviço consiste numa visita ao cliente, normalmente no ambiente objeto da consulta, onde serão expostas as dúvidas e soluções para as mesmas. Cada profissional terá sua característica de trabalho, podendo formular soluções escritas, orais, em croquis ou outras formas acordadas com o cliente. O importante será realizar um serviço em que o contratante possa sentir-se seguro para seguir em frente com seu projeto após sanada suas dúvidas.

Após a consulta caso exista necessidade de mais visitas caberá o acordo de horários e honorários entre as partes. Muitas vezes a consutoria é um acompanhamento em lojas, para a compra correta de mobiliráio, ou material de construção.

Nesse caso deverá ser acordado anteriormente se haverá inclusão do transito até as lojas ou não na contabilização da hora-técnica.

Outro dado importante que ressalto é na confecção de um contrato de serviço com as especificações dos serviços prestados, suas características e possiveis feedbacks para evitar exigências por ambas as partes que não foram acordadas.

A honorário da consultoria é calculado sobre a hora/técnica atendendo ao conselho de classe dependendo da região e do profissional.

domingo, 25 de julho de 2010

V Concurso de Fotografias Árvores da Cidade de São Paulo



Para o concurso, enviarei fotos de árvores do Parque Estadual Alberto Löfgren- Horto Florestal.

Link do concurso:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/concurso_de_fotografia/index.php?p=3700

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Arquitetos Modernos - Ludwig Mies Van der Rohe (1886-1969)




"Menos é mais."

Era filho de um pedreiro de Aachen, com pouca educação formal, mas que combinando com os conhecimentos de construção, intelecto e persistência se tornou influência para os arquitetos do século XX.
Ele idealizou o moderno edifício de aço e vidro, sem ornamentação exagerada. O edifício Seagram, em Nova York (trabalho em conjunto com Philip Johnson, 1954-1958) continua como ícone do estilo.

Seu primeiro projeto foi uma residência neoclássica, para o professor Riehl aos 21 anos. Depois, trabalhou com Peter Behrens, serviu como Engenheiro na Primeira Grande Guerra e começou então uma sequência de projetos próprios. Muitas de suas idealizações estavam à frente da tecnologia da época e eram irrealizáveis. Em 1926 recebeu a tarefa de idealizar o projeto habitacional Weissenhof, em Stuttgart. Mies empregou Walter Gropius, J. J. P. Oud, Le Corbusier entre outros. Com isso criou o primeiro esquema habitacional verdadeiramente moderno. Neste período começou a desenhar seus móveis, com linhas puras.
Para a exposição de Barcelona de 1929, idealizou o Pavilhão Alemão, que ao lado da Villa Savoye de Le Corbusier e da Casa Robie, de Frank Lloyd Wright, são as três mais importantes casas do século XX.
Mies deixou a Alemanha em 1937, depois de fechar a Bauhaus (ele foi o terceiro e último diretor). Em 1956 concebeu as torres de apartamentos gêmeas de Lake Shore Drive em Chicago e logo depois iniciou o projeto do edifício Seagram.
Para os EUA que valoriza muito o novo, as propostas de Mies eram vistas como desinteressantes e muitas críticas foram feitas a sua forma de projetar, porém ele sempre respondia que não interessava a ele ser interessante, mas bom. Seus últimos projetos incluíram a sede não construída da companhia Bacardi em Havana.

Principais obras:
Pavilhão de Barcelona, Barcelona, 1928-1929 (reconstruído em 1986)
Casa Tugendhat, Brno, República Tcheca, 1928-1930
Farnsworth House, Plano, Illinóis, 1948-1951
Lake Shore Drive Apartments, Chicago, Illinóis, 1948-1951
Crown Hall, Chicago, Illinois, 1950-1956
Edifício Seagram, Nova Yourk, 1954-1958

(Bibliografia consultada: GLANCEY, jonathan - A História da Arquitetura)


Um Breve Resumo da NBR9050 - Acessibilidade

Acessibilidade

É a possibilidade de alcance, percepção e entendimento para o uso seguro de um mobiliário, equipamento urbano ou similar. Para algo ser considerado acessível, deve obrigatoriamente ter o seu acesso a qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. A Norma Técnica que regulamenta as exigências para acessibilidade é a NBR 9050.

Circulação

Uma pessoa sem necessidades especiais precisa de do mínimo 0,60m de vão para sua circulação em pé andando de frente, podendo chegar até 1,20m quando está usando muletas.

Cadeira de rodas

Considera-se como referência,120m x0,80m. A dimensão mínima necessária para cadeirantes em linha reta sem obstáculos é de 0,90m de largura. Para manobras das cadeiras de rodas exige-se no mínimo:
Rotação de 90° 1,20m x 1,20m
Rotação de 180° 1,50m x 1,20m
Rotação de 360° diâmetro de 1,50m

Área de alcance

Altura máxima de alcance para pessoa em pé
Alcance manual frontal 0,50 a 0,55m
Altura máxima de alcance para pessoa sentada
Alcance manual frontal 0,50 a 0,55m

Superfície de Trabalho

As superfícies de trabalho necessitam de altura mínima de 0,73m entre o piso e a parte inferior e altura entre 0,75m e 0,85m entre o piso e superfície superior.

Empunhadura

Devem ser afastados no mínimo 4,0cm da parede ou outro obstáculo e caso esteja embutido deve-se prever uma distância mínima de 15,0cm.
Todas empunhaduras devem ser acionados através de pressão ou alavanca. Recomenda-se que pelo menos uma de suas dimensões seja igual ou superior a 2,5 cm.
De modo geral, os controles devem estar localizados entre 0,40m e 1,20 de altura.

Alcance auditivo

Alarmes auditivos devem ter intensidade mínima de 15 dB acima do ruído de fundo para que seja ouvido.

Tipos de sinalização

Permanente: utilizado nas áreas com função definida. Ex: enfermaria, sala de aula, etc.
Direcional: Indica a direção de um percurso.
De emergência: indica rotas de fuga, saídas de emergência, ou alerta de perigo.
Temporário: Indica informações provisórias que podem ser alteradas periodicamente. Ex Placas “homens trabalhando”.

Símbolos

O símbolo internacional de acesso deve ser branco em fundo azul, opcionalmente pode ser em branco sobre fundo preto ou preto sobre fundo branco. A figura deve estar voltada para a direita. Não pode haver nenhuma modificação, estilização ou adição.
Deve ser aplicado em entradas, áreas e vagas de estacionamentos, áreas acessíveis de embarque/desembarque, sanitários, áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência, áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas e equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficiência. Quando um acesso não apresenta condições de acessibilidade deve possuir informação visual indicando a localização de acesso mais próximo que atenda as condições da NBR9050

Sinalização visual

Deve ser perceptível por pessoas com baixa visão, ser em acabamento fosco e evitar o uso de materiais brilhantes ou de alta reflexão. A visibilidade da combinação de cores pode ser classificada de forma decrescente em função dos contrastes. Recomenda-se a utilização de contraste entre 70% a 100% (claro sobre escuro ou escuro sobre claro). Exige-se que textos de informações possam ser lidos em distâncias de 0,75m e no caso de textos afixados no mínimo a 0,40m.

Acessos

Nas edificações e equipamentos urbanos, todas as entradas e principais funções devem ser acessíveis a todos. Nos casos de adaptações, deve ser previsto um acesso vinculado à rota principal e saída de emergência quando existir, não ultrapassando 50m entre cada acesso. Os estacionamentos devem possuir entradas acessíveis. Quando não puderem atender essa exigência, o equipamento urbano ou edificação deverão possuir vaga específica para os portadores de necessidades especiais com rota acessível à entrada. No caso de existir catracas nas entradas, uma delas deverá ser acessível. No caso de porta giratória, deverá ser previsto um acesso alternativo que permita a acessibilidade. Locais de uso restrito, como carga e descarga não necessitam de acessibilidade, sendo facultativa a sua previsão.

Rotas de Fuga

As rotas de fuga devem ser iluminadas com dispositivos de balizamento (elementos que definem os limites das áreas de circulação). Quando houver escadas, deve-se prever áreas de resgate para pessoas em cadeiras de rodas na fração de 1 vaga para 500 pessoas ou fração. Esta área deve ser ventilada e fora do fluxo principal de circulação.

Área de Descanso

Deve-se prever uma área de descanso fora da área de circulação para cada 50m em rotas com até 3% de inclinação; 30m de 3% a 5% de inclinação. Inclinações acima de 5% devem ser tratadas como rampas.

Desníveis

Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis. Até 5mm não demandam tratamento especial. Desníveis superiores a 5mm até 15mm devem ser tratados como rampa com inclinação máxima de 50%. Desníveis superiores a 15mm devem ser considerados como degraus.

Rampas

São dimensionadas através do cálculo i = h x100
C
Onde :
I =inclinação
H= altura
C =comprimento

*Para inclinações de 6,25% e 8,33% devem ser previstos descanso nos patamares a cada 50m de percurso.
* Para inclinação até 5% admite-se um desnível de até 1,50m sem limites de segmentos de rampa
* Para inclinação entre 5% e 6,255 admite-se um desnível de até1,00m sem limites de seguimentos de rampa
*Para inclinação de 6,25% até 8,33% o desnível máximo permitido para cada segmento de rampa é 0,80m com 15 seguimentos de rampa.

Continua...


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Encontro no Jardim Peri sobre Apresentação de um Parque Urbano.


Hoje, as 15:00 no Núcleo Nossa Senhora, na Rua Brasiluso Lopes, houve um encontro com o subprefeito, Walter Abrahão, para divulgação do projeto de um pequeno parque na área atualmente desocupada, próximo ao Córrego do Guaraú.. Não se trata ainda do tão comentado projeto do PARQUE LINEAR DO GUARAÚ, que está em fase de elaboração.

O projeto apresentado, tem como objetivo proteger o local que outrora estava ocupado por habitações irregulares de novas ocupações. Como proposta apresentada, falou-se de áreas de playground e vegetação, deixando aberto aos moradores do bairro sugestões para tal implantação.

Em participação me propus, como Arquiteto Urbanista, fazer o link entre população e subprefeitura, colhendo as sugestões de equipamentos urbanos interessantes aos moradores, analisar as viabilidades e por fim, apresentar um anteprojeto para o subprefeito.

Embora o tópico que a maioria dos participantes esperavam conhecer fosse o PARQUE LINEAR DO GUARAÚ que terá um grande impacto urbano e social na região, vejo a proposta do PARQUE GUARAÚ de forma muito positiva, pois caso seja bem planejada, ajudará na criação de um espaço público importante para entorno carente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida daqueles moradores.

A reunião teve pontos que fugiram do foco, como moradores levantando questões sobre problemas aleatórios à criação do parque, principalmente no que se refere a remoção que virá com a criação do futuro Parque Linear.

Como poderão ver no meu trabalho de TFG de 2008, o projeto do Parque Linear do Guaraú que propus tinha a preocupação com a realocação das famílias, que ocupam a área do futuro parque e certamente terá grande impacto para viabilizar o projeto.

Concluindo, a reunião teve como frutos, diversos contatos que acredito serem muito importantes para que possamos, seja com um trabalho voluntário ou não, trazer um pouco de melhoria para o Bairro do Jardim Peri, que encontra em ascensão urbana, independente de todos os seus problemas.





Link para download do trabalho:

http://www.4shared.com/file/220232034/34170b61/Parque_linear_do_Guarau.html

domingo, 21 de fevereiro de 2010


Trabalho no hall que separa os dormitórios do apartamento. As três esculturas de mãos podem criar interação segundo a vontade do morador. Nesta foto aparecem com referências ao Carnaval.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Parque Linear do Guaraú


Trabalho de Graduação que propõe a criação de um Parque Linear às Margens do Córrego do Guaraú, no Jardim Peri, atualmente tomado por habitações irregulares.

Link para download do trabalho:

http://www.4shared.com/file/220232034/34170b61/Parque_linear_do_Guarau.html

domingo, 31 de janeiro de 2010

Relevo Decorativo Temático




O jovem proprietário tinha interesse em algo diferente na parede do seu quarto. Devido ao seu grande interesse por Paleontologia e principalmente dinossauros, foi proposto algo diferente para sua parede: Um relevo que sugerisse um fóssil incrustado. O jovem foi responsável por encontrar uma espécie que o interessasse para servir de modelo para a realização do relevo. Para execução, utilizou-se apenas massa corrida criando o relevo que ficou na mesma cor das demais paredes para não sobrecarregar visualmente o ambiente que já possui várias miniaturas e livros.
A imagem sugerida pelo proprietário foi de um fóssil da espécie conhecida por Coelophysis

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Alagamentos: Desrespeito às Diretrizes Urbanas.

São Paulo tem sido, cada vez mais, alvo de inúmeros casos de alagamentos, desabamentos e até mesmo mortes causadas pelas fortes chuvas de verão. As pessoas perdem diversas horas no trânsito, perdem suas moradias, e muitas vezes suas vidas devido toda a água que o asfalto e cimento não deixa fluir ou absorver. Nos noticiários as pessoas sempre culpam o governo, a prefeitura, ou qualquer outro elemento que remeta à ordem pública pelo descaso para com a situação, ou então se frustram em saber que não se pode controlar o clima e conseqüentemente não se pode impedir que chova. Mas podemos nos perguntar: Por quê em alguns pontos tais problemas de alagamento não existem? Por que nem todas as casas desabam ou são soterradas por barrancos? Será que o poder público é o único responsável por todo o caos encontrado nas cidades nessas épocas?

Questões como esta, fogem do âmbito político. Na verdade trata-se de um aglomerado de problemas de ordem financeira, cultural, política e por fim ambiental. Deixando de lado as minúcias da política e das finanças, o objetivo desse post é informar sobre as questões urbanas, arquitetônicas e culturais. Diante disso vamos à elas:

Em São Paulo, assim como em todas as cidades existe um Plano Diretor e Leis de Zoneamento, que coordenam o crescimento das cidades regulamentando os tipos e formas de construções e ocupações. Tais regimentos possuem fundamentos ambientais que estão de acordo estudos científicos , geológicos e ambientais e não são ditados a esmo. Quando existe um crescimento desordenado das ocupações humanas, falta de planejamento urbano e ocupação irregular do solo, ou seja, construções onde não sem podem construir, o impacto ambiental reflete em diversas situações como nos alagamentos que tanto nos preocupa.

Segundo essas normativas existem ares que podem ser ocupadas somente por casas( uso residencial), áreas que podem ser ocupadas por comércios ( uso comercial) , áreas que podem ter os dois tipos de construções ( uso misto) , áreas que devem ter sua vegetação preservada, (áreas de proteção ambiental) e áreas que não se pode construir absolutamente nada (áreas de proteção permanente) entre outras. O objetivo dessa distinção é organizar a região de tal forma que a ocupação humana não tenha um impacto ambiental extremamente negativo pois do contrário todo o conjunto pode ter sua salubridade comprometida.

Alguns exemplos de problemas urbanos causados por desrespeito a diretrizes urbanas:

• Segundo o plano diretor, de acordo como tipo de zona, exige-se uma porcentagem mínima de área permeável no lote, com o objetivo de ajudar na absorção das águas pluviais. Porém é muito comum encontrarmos casas com quintais extensos totalmente cobertos por revestimentos impermeáveis. Com isso, a água não drenada naturalmente escoa para os receptores de águas pluviais não projetados para essa vazão “irregular”.

• Margens de rios, córregos e cursos d´água são consideradas áreas de Proteção Permanente, não podendo ser ocupadas, com recuos mínimos definidos pelos planos diretores das cidades, justamente para respeitar as cheias desses locais. A partir do momento em que são construídas edificações nesses locais, as cheias não cessarão ou seja, invadirão qualquer coisa que estiver em sua área de alcance.

• Não se deve edificar em terrenos com inclinação superior a 30%. As habitações irregulares estão sujeiras a desmoronamentos causados por erosões, principalmente em épocas de chuvas que fazem uma verdadeira “lavagem” do solo, levando com elas a terra que sustenta as edificações.

Outro grande problema cultural que reflete diretamente na vazão de águas pluviais está relacionado ao lixo jogado nas ruas, entulhos espalhados e detritos deixados em córregos. Tais elementos são levados pelas enxurradas que entopem os encanamentos urbanos impossibilitado que a água escoe e causando alagamentos.

Em suma, o morador da cidade é mais ativo no problema do que ele pode (ou quer) perceber e uma mudança de postura é essencial para que possamos resolver ou minimizar muitos dos problemas de que somos vítimas.

A consciência é o primeiro passo, um planejamento urbano condizente com a realidade da cidade é o próximo. Mas se cada um não fizer a sua parte, de nada adiantará apenas cobrar.

Links:

Zoneamento de São Paulo:
• http://www.prodam.sp.gov.br/sempla/zone.htm

Plano diretor de São Paulo
• http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/planejamento/plano_diretor/0001

Áreas de proteção ambiental
•http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./snuc/index.html&conteudo=./snuc/snuc6.html

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Regra número um: A base do Projeto é o Cliente, não o Arquiteto.

Antes de começar um projeto, seja ele arquitetônico ou urbanístico, muitas pesquisas devem ser realizadas, tanto no âmbito legal quanto no técnico, para que não haja problemas como embargo, interdição ou até mesmo má qualidade do serviço em relação à ergonomia, conforto e diversos outros elementos arquitetônicos. Essas pesquisas vão desde normas técnicas, leis e diretrizes urbanas chegando à questões sobre ventilação, acústica e sustentabilidade entre outras: porém, um elemento primordial muitas vezes é deixado de lado: o cliente, seus conceitos, valores e expectativas.
Existem muitos projetos bem(?) elaborados tecnicamente, porém pecam por não atender as reais exigências dos clientes. Do que vale uma proposta de uma bela e espaçosa sala de estar, com vários ambientes, que acomodam mais de 20 pessoas em recepções, para uma pessoa que não gosta de receber convidados e amigos? Situações como estas, embora pareçam impossíveis de acontecer, acontecem; abalando a imagem do profissional, pois a repercursão de um projeto mal elaborado pode ser desastrosa, principalmente no que se refere à NECESSIDADE de se contratar alguém, que no final das contas, não serviu aos seus própósitos. Cria-se a imagem da Arquitetura como algo luxuoso e dispensável, o que na verdade não é. Essa imagem de serviço dispensável é comum, e muitas vezes nos deparamos com uma situação bem comum: " Ah, você é arquiteto? Que legal. Me dá uma dica para melhorar minha sala.(...) Ah mas não acredito que vai me cobrar só para me dar uma idéia do que fazer!!!!!!!" Aquele que nunca passou por essa situação atire a primeira pedra.
Outro tópico importante se refere a não impor elementos e estilos aos clientes. A plástica e partido que o arquiteto produz deve ter afinidade com a natureza do cliente e do produto que será realizado. Impor um elemento que esteja totalmente paralelo à expectatica pode trazer grades frustrações. Pode ser bom para o portifólio visual do profissional, mas péssimo para a reputação. Se um cliente tem expectativas plásticas extremamente diferentes do que o arquiteto esta´ ligado, talvez seja interessante rever as propostas apresentadas para que possam atender essas necessidades. Ou então direcionar á outro profissional que tenha essa afinidade com as expectativas do cliente.
Para aqueles que procuram um arquiteto, converse muito sobre seu estilo e sua forma de projetar, peça para ver suas obras, sejam elas construidas ou apenas em pranchas para que se tenha noção exata sobre os elementos que ele costuma utilizar e se as formas normalmente propostas estão em acordo com o que se idealiza para o projeto vindouro.